quinta-feira, abril 15, 2004

Por falar em queijo...

E se falássemos de vinho! Como devem imaginar bebeu-se algum vinho estas férias da Páscoa. Nem muito nem pouco, mas o suficiente para nos fazer feliz.

O Anésio levou vinho para dar e vender. Mas só do Alentejo - Vinha D'Ervideira, Chaminé e Loios. Uma heresia, na minha (modesta) opinião, pois se estávamos na Região Demarcada do Douro, porque tínhamos que beber vinho alentejano? Eu sei que o vinho do Alentejo é de mais fácil consumo (há quem lhe chame vinho para mulheres), mas para o preço acho que a qualidade, hoje em dia, deixa muito a desejar.

A única boa excepção foi o Carvalho, Ribeiro & Ferreira de 1961. Mas nem me perguntem qual era a região, porque já mal se lia o rótulo e teve de ser decantado. Suponho que era do Dão. Mas nunca tinha bebido um vinho mais velho que eu (acho, pois já bebi alguns Portos sem rótulo) e sabia de tal maneira a madeira que era difícil de dizer de que casta era. E nem imagino o preço da garrafa!!!

Eu e a Cláudia, como os mais próximos dos nativos locais, comprámos apenas vinhos do Douro e na sua maioria do concelho de Foz Côa. E na sua maioria vinhos desconhecidos. Castelo Velho da Adega Cooperativa de Freixo de Numão, Ouro Côa Tinta Barroca da Adega Cooperativa de Vila Nova de Foz Côa e CARM Clássico 2000 da Casa Agrícola Ribeiro Madeira de Almendra. O único "estrangeiro" foi um Esteva.

CARM Clássico

O Castelo Velho é um bom vinho, para o preço (€7,50 no Intermarché). É um "reserva" encorpado e frutado, envelhecido em cascos de carvalho, de 13 graus, de Tinta Roriz e Touriga Franca. Mas, sem dúvida, da nossa escolha, o melhor foi o CARM Clássico 2000, que pelo mesmo preço apresenta uma qualidade muito superior (vejam a descrição no link). Agora tenho lá em casa uma garrafa de 2001 (supostamente um melhor ano) para experimentar. Mas acho que vou esperar para a beber. (Estejam atentos ao nome CARM, um grande produtor de Azeite e de Vinho).

O pior (sem contar o Esteva) foi sem dúvida o Ouro Côa - Tinta Barroca, que por sinal até foi o mais caro, sinal da procura que o vinho da Adega Cooperativa de Vila Nova de Foz Côa tem, desde a promoção às gravuras e ao mediatismo do seu vinho submerso nas águas do rio (Vale Sagrado 1997).

Ah! Esqueci-me de falar no vinho do garrafão bebido na praia de Almendra. Era vinho novo e parecia groselha. Uma verdadeira pomada!!! E o preço? À borla...

(No entretanto se quiserem vejam uns vinhos e restaurantes em Os 5 às 8. Uma boa referência!)